São Paulo, segunda-feira, 23 de maio de 1994
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Surfistas escolhem suas músicas preferidas para ouvir enquanto disputam ondas na areia

MARCELO MIGLIACCIO
DA SUCURSAL DO RIO

Quem pensa que o fundo musical em um campeonato de surfe é só para embalar a paquera na areia se engana. A música inspira também os competidores, que pedem suas preferidas à equipe de som antes de entrar na água.
Neco Padaratz, por exemplo, pediu Bob Marley, Pearl Jam e outras bandas de Seattle à equipe Backstage, responsável pelos 1.500 watts que saíam das caixas de som. Ficou em terceiro, mas ouviu o que queria.
Mathias Sheperd, 21, e Paulo Cima, 27, os DJs da areia, atendem todo mundo. Ou quase. Só não colocaram Olodum, como chegaram a pedir alguns gringos, "porque não tem nada a ver".
Mas o resto rolou. Metallica, Ramones, Spy x Spy, INXS, Ziggy Marley, UB 40 e os brasileiros Legião Urbana, Titãs, Barão Vermelho e Pepeu Gomes. "E tem os eternos Beatles e Rolling Stones", lembra Cima.
Sonorizar um campeonato não é simples. De manhã cedo, eles tocam coisas leves, como Kenny G e César Camargo Mariano, ou Renascence e Yes.
Quando a disputa começa a esquentar, lá pelas 10h, entram os rocks calmos, tipo Nazareh, e reggaes. Depois do almoço, é pauleira até o cair da tarde.
Sheperd só não diz quanto sua equipe, que já deu som a 15 campeonatos, cobra. "É para evitar a concorrência."

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