São Paulo, segunda-feira, 23 de maio de 1994 |
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Jovem é a chave para a mudança
ALBERTO SABBAG
A adolescência, por ser uma fase transitória entre a "irresponsabilidade" infantil e o excesso de responsabilidade dos adultos, é propícia para um trabalho de mudança de comportamento. O jovem já tem uma presença social mais ativa. Tem vida em grupo já independente dos pais, sua vida sexual está se iniciando e começa a dirigir veículos. No Brasil (nas pequenas, médias e grandes cidades) os acidentes decorrentes do tráfego de veículos são responsáveis por grande parte das mortes nesta faixa etária da população (em torno de 40%). E por quê? Porque no Brasil aprende-se a dirigir quase que "por si só". As leis, os códigos, a direção defensiva, os limites da embriaguez, a educação de trânsito enfim, são mais um processo de exercício diário do que algo que deveria ser aprendido em um curso de longa duração, com tempo suficiente para conscientizar, explicar e exemplificar todos os perigos envolvidos nesta atividade. Se os investimentos são limitados e a condição econômica geral é de restrição, creio que é no jovem (dos 16 aos 25 anos) que se deve centralizar a maior parte do investimento. Por quê? Se for para mudar, a chave é aproveitar aqueles que estão mudando –o adolescente. Com uma preparação adequada e abrangente estaremos criando a geração chave para a resolução do problema que é, basicamente, comportamental. O jovem tem condições de desenvolver uma nova postura, uma nova mentalidade, e influir tanto nos mais velhos quanto nas crianças. Texto Anterior: Aumenta o número de garotas acidentadas Próximo Texto: Acidentes matam 50 mil por ano Índice |
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