São Paulo, sábado, 28 de maio de 1994
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`Nanicos' reduzem tempo dos candidatos

CYNARA MENEZES; FLÁVIA DE LEON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os candidatos já homologados à Presidência devem perder 40 segundos no horário gratuito cada um, com a entrada dos micropartidos na sucessão, autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Dez dos trinta minutos do programa eleitoral são divididos igualmente entre todos os candidatos, independente da representação do partido no Congresso.
Até a decisão do STF, há duas semanas, havia seis candidatos. O número pode subir para dez com a entrada na disputa dos "nanicos" PV, Prona, PSC e PRN.
O PV, que iria integrar a "Frente Brasil pela Cidadania" com o PT, pode lançar um "candidato simbólico" para aproveitar o minuto e dois segundos a que tem direito no horário gratuito.
Se decidir hoje na convenção não lançar candidato, o PV pode deixar a questão em aberto liberando o apoio dos verdes ao "leque social-democrata" –Lula, FHC ou Leonel Brizola.`
O PMN, pelo qual se candidatou Celso Brant em 1989, também desistiu da coligação em torno de Lula, mas não lança candidato próprio nem tem direito a horário na TV.
No páreo entram agora o médico Enéas Carneiro (Prona) e o almirante-de-esquadra Hernani Fortuna (PSC), com pouco mais de um minuto cada um no horário gratuito de televisão.
Enéas, que concorreu à última eleição e se tornou conhecido graças ao bordão "Meu nome é Enéas", não vai precisar falar tão rápido quanto em 1989.
O cardiologista duplicou seu tempo na TV porque a sucessão não tem tantos candidatos para ratear o horário quanto na última eleição, quando havia 22 concorrentes à Presidência.
O Prona tem hoje uma representante no Congresso, a deputada Regina Gordilho (RJ), mas isto só soma dois segundos e meio ao tempo do partido.
O PRP de Adhemar de Barros Filho, também autorizado pelo STF, decidiu não lançar candidato próprio. Na convenção, dia 30 em São Paulo, decide se apóia Quércia ou FHC.
Na convenção que realiza amanhã, no Rio, o PRN, que elegeu Fernando Collor na última eleição, tem três possibilidades de escolha: os empresários Ciro Moura (atual presidente do diretório regional de São Paulo) e Toni Garcia e o médico Fernando Morais.
Ney Maranhão
Ney Maranhão não cedeu aos apelos do presidente do PRN, Daniel Tourinho, para ser o candidato do partido à Presidência.
"Quero ser deputado federal para comandar a bancada. Se o Lula ganhar, vou cobrar dele o leite encanado que ele está prometendo", disse.
Tourinho chegou a anunciar ontem à tarde que o senador seria o candidato do PRN e que não faria coligações. "Vamos virar a eleição de cabeça para baixo", disse Tourinho.

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