São Paulo, sábado, 28 de maio de 1994
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Ação foi planejada há dias

RONI LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

Tiros disparados das favelas de Manguinhos e Varginha, em Bonsucesso (zona norte), motivaram o governo do Estado a planejar a ocupação militar das comunidades.
Alguns tiros atingiram janelas e paredes de prédio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um dos mais importantes institutos de pesquisas do país.
Em nota oficial, a assessoria do governador Nilo Batista informou que a ocupação vinha sendo planejada há dias, e que foi antecipada devido à invasão do hospital Getúlio Vargas, para resgate de "um traficante".
A Fiocruz adotou táticas de guerra para evitar que algum funcionário fosse atingido pelo tiros, como colocar "olheiros" nos andares da Escola Nacional de Saúde Pública.
Sua função é dar o alarme diante de qualquer tiroteio ou operação policial nas favelas. O prédio da escola fica próximo a Manguinhos e Varginha.
A direção da escola decidiu também mandar blindar as janelas dos oitos andares do prédio. As janelas serão protegidas com um tipo de blindagem utilizada nos carros-fortes.
A obra está orçada em cerca de US$ 50 mil.
(RL)

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