São Paulo, domingo, 29 de maio de 1994 |
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Embalagem diferenciada conquista lojistas
CLÁUDIA RIBEIRO MESQUITA
Além de seduzir o cliente a um custo baixo, pacotes elegantes funcionam ainda como um "outdoor ambulante". "A embalagem leva a imagem e a marca de uma empresa para longe", avalia Manuel Muller, 37, consultor de marketing da Muller Associados. "Hoje as pessoas estão investindo mais no visual do que no próprio presente", afirma Simone Perdigão Nunes, 29, sócia da Papelote Pacotes e Presentes, em Santo André (Grande São Paulo). Ela e Maristela Conrado dos Reis, 31, abriram a loja em 91. Vendem saquinhos de TNT (tecido sintético) e caixas em papel Kraft (pardo, resistente e normalmente usado na fabricação de sacos). Ajudadas apenas por uma funcionária, elas fabricam um terço dos produtos que vendem na loja. Simone Trigo, 29, aprendeu a fazer embalagens artesanais desmontando as caixas que eram importadas pelo ateliê de ourivesaria (onde se produz e vende objetos de ouro e prata) de seu pai. Ela também cria modelos a partir de moldes de revistas alemãs e japonesas. Trigo fabrica embalagens para vender há sete anos. Os formatos são variados: caixas em cartão colorido ou liso, sextavadas, ovais, em forma de flores, forradas em papel ou tecido. Em épocas de festas, sua produção chega a 3.000 peças, com faturamento de cerca de US$ 5.500. O faturamento mensal de uma pequena fábrica de embalagens varia conforme a produção. Entre as empresas consultadas, variou de 800 URVs a US$ 80 mil (veja quadro abaixo). A Regispel, que fatura mensalmente cerca de US$ 80 mil, mantém 13 funcionários que produzem 150 mil sacolas e 50 mil caixas de papel por mês. A Papelote Pacotes e Presentes, que declarou um faturamento mensal de 800 URVs, produz 300 peças por mês, mas tem apenas um funcionário além das duas proprietárias. Texto Anterior: Movimento melhorou 30%, diz comerciante Próximo Texto: Saiba como divulgar cursos e atividades Índice |
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