São Paulo, segunda-feira, 6 de junho de 1994
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Cientista diz que Moisés é neo-oligarca

DA REPORTAGEM LOCAL

Cientista diz que o Moisés é neo-oligarca
Na visão do cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, o petista José Álvaro Moisés não passa de um neo-oligarca.
Fazem parte desse grupo difuso, segundo Wanderley, todos aqueles que acham que a saúde da democracia brasileira depende fundamentalmente de reformas institucionais que capacitem o Estado a tomar decisões e implementar políticas.
A introdução do voto distrital misto, a redução dos partidos, a extinção do voto obrigatório e a correta representação dos Estados na Câmara –defendidos por Moisés– são para Wanderley um atentado institucional que visaria neutralizar as massas no jogo democrático.
"Os beneficiários da nova ordem serão os oligarcas modernos, mas os acadêmicos, tão rasos quantos seus argumentos, asseguram que será o povo", escreve Wanderley em seu livro "Regresso - Máscaras institucionais do liberalismo oligárquico".
A cientista política Aspásia Camargo, membro da banca que vai arguir Moisés faz objeções de outra ordem.
Eleitora de Fernando Henrique, Aspásia acha que Lula, candidato de Moisés, não tem noção das atuais limitações do Estado para incorporar os 32 milhões de miseráveis nos benefícios da democracia.
"Esse é um ponto que a tese de Moisés coloca, mas não responde".

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