São Paulo, segunda-feira, 6 de junho de 1994
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Quércia insiste no apoio do ex-presidente

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

O candidato do PMDB à Presidência, Orestes Quércia, voltou a dizer que o ex-presidente José Sarney vai apoiá-lo na sucessão.
"O Sarney é do PMDB, tem que me apoiar, a não ser que deixe o partido, mas esta não é sua intenção."
Quércia, em viagem eleitoral à Bahia, disse também que a rejeição que sofre por suspeita de corrupção não atinge só ele, mas todos os politícos.
Pesquisa Datafolha divulgada ontem mostra que, entre as pessoas que não votam em Quércia, 36% o rejeitam por que o consideram corrupto.
Ao comentar esse resultado, Quércia disse apenas que "essa restrição é feita em relação a todos os políticos".
Segundo Quércia, a eleição presidencial vai se definir nos 60 dias que antecedem a votação, com o início do horário eleitoral gratuito no rádio e TV.
Em Itabuna (429 km ao sul de Salvador), Quércia disse que o PT "é uma praga pior que a vassoura-de-bruxa".
Vassoura-de-bruxa é uma doença causada por um fungo que está matando as plantações de cacau.
Quércia adaptou seu discurso à visita que fez a Itabuna e Ilhéus (469 km ao sul de Salvador). A Bahia é produtora de cacau.
Quércia desembarcou em Ilhéus às 19h30 de sábado e foi recebido pelo candidato do PMDB ao governo da Bahia, Nilo Coelho.
Em seguida, Quércia e Coelho percorrreram em carreata os 40 quilômetros entre as duas cidades.
Em seu discurso em Itabuna, para 18 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, Quércia disse que o país "está uma nau sem rumo".
O ex-prefeito de Itabuna Fernando Gomes (PMDB) disse que o partido gastou 20 mil URVs (CR$ 39,5 milhões) na organização do comício de Quércia.
Ele disse que parte desse dinheiro veio de contribuições de candidatos a deputados federal e estadual e militantes do partido.

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