São Paulo, segunda-feira, 6 de junho de 1994 |
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Iate com a rainha lidera 2 mil navios pela Mancha
SÉRGIO MALBERGIER
Desta vez, cerca de 2.000 navios, de guerra e civis, acompanharam o Brittania. No meio do canal, aviões despejaram no mar cerca de 2 milhões de papoulas, usadas no Reino Unido como símbolo de soldados mortos na guerra. Ao partir do porto de Portsmouth (sul da Inglaterra), 20 caças Hawk sobrevoaram o Brittania formando o número 50. Dezenas de milhares de veteranos acompanharam as cerimônias em Portsmouth e muitos embarcaram para repetir a viagem que fizeram em 1944. O tempo estava bom e não atrapalhou as comemorações como anteontem, quando quase todas os eventos ao ar livre tiveram que ser cancelados por causa da chuva. Em banquete anteontem em Portsmouth para veteranos e 13 chefes de Estado ou governo, a rainha, sentada entre Clinton e o presidente francês, François Mitterrand, disse que se deve ter "orgulho" da vitória há 50 anos. "Mas desde então vimos que a paz trazida pela vitória é uma coisa frágil", ressaltou, fazendo alusão à guerra na ex-Iugoslávia. Clinton, 47, primeiro presidente dos EUA a ter nascido após Segunda Guerra (1939-45) e que evitou o serviço militar na Guerra do Vietnã, passou do Brittania para o porta-aviões USS George Washington no trajeto para a França. Analistas acham que a viagem pode ajudar Clinton a melhorar suas relações com os militares, abaladas por seu passado, pelos cortes no Orçamento da Defesa e pelo fim da discriminação a homossexuais nas Forças Armadas. Texto Anterior: Clinton tem más relações com os militares Próximo Texto: Destino da Alemanha já estava decidido, diz historiador francês Índice |
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