São Paulo, quarta-feira, 8 de junho de 1994
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Governo pretende limitar emissão da nova moeda a US$ 6,5 bilhões

SÔNIA MOSSRI e GUSTAVO PATÚ

SÔNIA MOSSRI ; GUSTAVO PATÚ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo vai limitar a emissão da nova moeda a US$ 6,5 bilhões, que serão garantidos por igual parcela de recursos das reservas cambiais e permanecerão intocáveis no Banco Central.
Todo real emitido pelo BC será garantido pelas reservas cambiais. Isso quer dizer que parte das reservas, que somam hoje US$ 38 bilhões, será destinada a garantir a emissão do real (lastro).
O chefe de gabinete da Fazenda, Sérgio Amaral, disse ontem à Folha que o BC fixará metas para o volume de dinheiro que circulará na economia a partir de 1º de julho, quando passa a existir o real.
Ele não quis dar detalhes sobre o parâmetros para emissão do real, mas avisa que ela será resultado da "combinação de elementos monetários e cambiais".
Como o real terá paridade fixa (R$ 1,00 igual a US$ 1,00) com o dólar por tempo indeterminado, o volume de real que será colocado em circulação também dependerá do ingresso de divisas no país.
Atualmente, o volume de moeda em circulação na economia mais os depósitos à vista na rede bancária atingem cerca de US$ 2,5 bilhões.
As regras de emissão do real não serão encaminhadas ao Congresso. A maior parte das medidas relativas à emissão do real deverá ser feita através de resoluções do Banco Central, sem a aprovação o Congresso.`

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