São Paulo, quarta-feira, 8 de junho de 1994 |
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Grevistas invadem a reitoria da USP
FERNANDO ROSSETTI
O auxiliar de gabinete Ernani Coimbra, 30, sofreu um ferimento na cabeça. Ele registrou boletim de ocorrência na 93º Distrito Policial (Butantã, zona oeste de São Paulo) contra o representante dos funcionários no Conselho Universitário, Claudionor Brandão, 37. Segundo Coimbra, ele fechava o acesso ao gabinete do reitor, quando Brandão "tentou arrombar a porta com o ombro". A porta teria acertado sua cabeça, provocando um ferimento na testa. O Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), que assume a responsabilidade pela "ocupação" –como denominam a invasão–, nega a ocorrência. "Não houve qualquer enfrentamento", disse Brandão. Ele é membro do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado), uma frente de trotskistas formada principalmente por militantes da extinta Convergência Socialista, expulsa do PT em 1992. Segundo comunicado do Sintusp, a invasão se deu porque "o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) radicalizou, se recusando a atender as mínimas reivindicações apresentadas pela categoria". O Cruesp mantém a proposta de 8% de aumento real. Os grevistas reivindicam 27% de aumento real. Anteontem houve nova rodada de nogociações. Ontem elas foram suspensas (leia texto ao lado). Pouco depois da ocupação da reitoria da USP, houve, do lado de fora, a primeira assembléia conjunta das entidades grevistas. Estavam presentes cerca de 300 professores, funcionários e estudantes da USP, Unesp e Unicamp. Após a assembléia, cerca de cem grevistas entraram no saguão ocupado pelos funcionários, onde foram feitos discursos. No final do dia, restavam cerca de 25 servidores no saguão, que lá iriam passar a noite. Texto Anterior: Morre ex-delegado-geral de SP Próximo Texto: Reitores suspendem reuniões com entidades Índice |
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