São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 1994 |
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Dupla de ataque é a força do time búlgaro
ANDRÉ FONTENELLE
Stoichkov é companheiro de ataque de Romário no Barcelona (Espanha). Veloz e agressivo, possui um devastador chute de pé esquerdo. A modéstia não é o forte de Stoichkov. Perguntado sobre quem se destacará na Copa, disse somente: "Fui eleito o segundo melhor jogador da Europa, depois de Van Basten", referindo-se à votação da revista francesa "France Football" em 1992. Kostadinov atua no Porto (Portugal). Marcou o gol que deu à Bulgária a classificação mais espetacular entre as 24 seleções. Seu chute no ângulo esquerdo do goleiro Lama virou para 2 a 1 o último jogo contra a França, em Paris, a dois segundos do fim do tempo regulamentar. A Bulgária detém um recorde vergonhoso em Copas do Mundo. É a seleção que mais jogou em Copas sem vencer –foram 16 jogos, seis vitórias e dez derrotas. Com Stoichkov e Kostadinov, essa tradição parece estar com os dias contados. Mas o técnico Dimitar Penev terá um desfalque sério, o atacante Luboslav Penev, seu sobrinho. Com câncer nos testículos, Luboslav está passando por tratamento médico. O técnico estabeleceu como objetivo inicial chegar às oitavas-de-final. Mas adverte: "Não vamos aos EUA como turistas. Nossas ambições vão muito além de uma simples participação no Mundial." O calor será um grande adversário do time búlgaro. A temperatura em Dallas passa constantemente dos 30 graus centígrados. A delegação chegou ao Texas duas semanas antes da estréia na Copa, para se aclimatar. "Para os times que vêm da Europa Central, o calor e a umidade serão a maior preocupação", revela o médico da equipe, Dimitar Gevrenov. No primeiro jogo-treino nos EUA, os búlgaros mostraram o quanto o clima pode prejudicá-los. Empataram em 1 a 1 contra o modesto Tecos, do México. Os búlgaros não contarão com boa parte dos torcedores que pretendiam viajar para os EUA. A embaixada norte-americana em Sofia recusou cerca de 80% dos pedidos de visto de entrada, temendo que muitos búlgaros peçam asilo nos EUA. (AFt) Texto Anterior: Ambiciosa, Nigéria sonha com as semifinais, feito inédito na África Próximo Texto: Basile não consegue preparar sua equipe Índice |
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