São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 1994 |
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Estádios norte-americanos são improvisados
DA REDAÇÃO Os estádios norte-americanos em que será disputada a Copa 94 são improvisados. A maior parte foi construída para outros esportes e está sendo adaptada para receber jogadores e torcidas de futebol.Um exemplo dos problemas que a adaptação traz pode ser visto no Giants Stadium, em Nova York. Tradicionalmente voltado ao futebol americano, o estádio passou por reformas que deixaram a linha lateral a menos de 2 metros da parede da arquibancada. Jogadores que fizerem jogadas de velocidade perto dos limites do campo correm o risco de se machucar no choque contra a parede. No estádio, haverá partidas dos grupos E e F, oitavas e quartas-de-final e semifinais. O gramado da Universidade de Stanford, em Palo Alto, a 53 quilômetros de San Francisco, teve que ser alargado para se adequar às exigências da Fifa. O Brasil disputa dois jogos da primeira fase nesse estádio. A delegação brasileira já reclamou da grama dos estádios norte-americanos, considerada muito "seca". Isso dificulta o deslizar da bola, atrapalhando os jogadores. A comissão técnica pode pedir para que os campos sejam molhados antes das partidas. Alambrados O Departamento de Defesa dos EUA sugeriu que os estádios da Copa usem cercas de arame e fossos entre a torcida e o campo. As administrações dos estádios de Dallas, Washington e San Francisco aceitaram a sugestão e brigaram com a Fifa, contrária à medida, para colocá-la em prática. O presidente da entidade, João Havelange, chegou a pedir ao presidente Bill Clinton que os alambrados não fossem colocados. Silverdome, em Detroit, será o primeiro estádio coberto do mundo com grama natural na história das Copas. A grama foi especialmente desenvolvida em laboratório e transportada para o estádio em caminhões refrigerados. O custo total da operação é calculado em US$ 2 milhões. Terremotos A final da Copa será disputada no Rose Bowl, em Los Angeles. Em janeiro, a cidade foi sacudida por um terremoto de 6,6 pontos na escala Richter, que deixou 21 mortos. O Rose Bowl foi construído em 1922, antes que a engenharia tivesse desenvolvido técnicas especiais para diminuir o efeito de terremotos em prédios. O coordenador técnico da seleção brasileira, Mário Lobo Zagalo, acredita que o abalo foi "um bom sinal". Ele lembrou que 2 das 3 Copas vencidas pelo Brasil foram disputadas em países sujeitos a terremotos –Chile e México. San Francisco, sede do Brasil nos EUA, teve o último grande terremoto em outubro de 1989. O abalo atingiu 6,9 pontos na escala Richter e matou 67 pessoas. A polícia e o Comitê Organizador afirmam que não há grande risco de voltar a ocorrer um abalo nessas áreas durante a Copa, mas ressaltam que esse tipo de previsão costuma ser pouco precisa. Texto Anterior: Fuso e temperatura favorecem o Brasil Próximo Texto: Noruega não se assusta diante dos adversários Índice |
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