São Paulo, domingo, 19 de junho de 1994
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Clinton propõe subsídio

DE WASHINGTON

O governo Clinton está propondo uma lei pela qual o governo entraria com um subsídio a esses planos de pensão com o objetivo de não deixar os aposentados na mão.
Pelos cálculos do governo, há oito milhões de pessoas cobertas por fundos deficitários, que podem não ser capazes de pagar aos aposentados o que prometeram.
Na maioria absoluta das grandes empresas, a coisa funciona assim: todo funcionário é atendido por um fundo de pensão universal, pelo qual a empresa se responsabiliza 100%.
Esse fundo vai dar uma pensão ao aposentado que é equivalente na média 30% do seu mais recente salário (mas isso também varia muito conforme o tempo de serviço e o nível salarial de cada pessoa).
Os funcionários que querem fundos de pensão complementares podem se inscrever em outros programas, nos quais entra com 5,5% do seu salário (também na média: pode-se ir de 3% até 10%), que são descontados todos os meses para sustentar o fundo. A empresa entra com a mesma quantia também todos os meses.
Esses planos vão dar, sempre na média, pensões equivalentes a cerca de 80% do mais recente salário na ativa.
Nos fundos do governo, o empregador cobre todas as despesas e a pensão costuma ser de 100% do mais recente salário.
Os fundos de pensão do setor privado estão com déficits enormes. Na semana passada, a General Motors anunciou que estava investindo US$ 10 bilhões para cobrir metade do buraco do seu plano básico.
Segundo a agência reguladora dos fundos, a Pension and Welfare Benefits Administration, o setor privado tem um déficit conjunto da ordem de US$ 55 bilhões.

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