São Paulo, domingo, 26 de junho de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Decreto disciplina festa pela primeira vez
LUIZ FRANCISCO
Por determinação do prefeito Carmelito Alves, todos os fabricantes de espadas tiveram que se cadastrar na delegacia. As espadas somente poderiam ser testadas a partir do último dia 1.º, entre 19h e 24h, em locais previamente determinados. Ao contrário dos anos anteriores, quando a "guerra" era permitida em todos os bairros, a prefeitura proibiu a realização da batalha em algumas áreas. A proibição é válida em ruas onde estão localizadas farmácias, hospitais, clínicas, postos de gasolina e prédios públicos. O decreto do prefeito também determinou que as espadas deveriam ter comprimento mínimo de 25 centímetros e diâmetro máximo de 6 centímetros. "As espadas mais curtas e mais grossas são as mais perigosas", disse o juiz Augusto de Lima Bispo, da Vara Cível de Cruz das Almas. Segundo o juiz, as novas determinações foram bem recebidas pela população. "Os acidentes estavam se tornando rotina." Neste mês, cinco pessoas ficaram feridas e uma morreu em consequência da "guerra de espadas". Em 93, foram três mortes, segundo o juiz. O único dia em que a batalha foi totalmente liberada foi 24 de junho, durante as comemorações de São João, ponto alto da festa. "Esta tradição tem que ser mantida", disse o prefeito Carmelito Alves.(LF) Texto Anterior: Espadas são fonte de renda na cidade Próximo Texto: Bahia começa sua 'festa das mutilações' Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |