São Paulo, domingo, 26 de junho de 1994 |
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Propina motivou 'Mãos Limpas'
ESPECIAL PARA A FOLHA As investigações da "Operação Mãos Limpas" já contabilizam a abertura de 7.000 processos. As condenações somam até agora 2.589 anos de cadeia. Foram interrogados 477 parlamentares. Três ex-chefes do governo -Arnaldo Forlani, Bettino Craxi e Giulio Andreotti- foram indiciados.Tudo começou em fevereiro de l992, na cidade de Milão. O primeiro caso envolvia o presidente de uma entidade assistencial pública. Ele pediu propina a um empresário para manter o contrato de serviço de limpeza da instituição. O empresário denunciou o caso à polícia, que prendeu o corrupto em flagrante no ato do pagamento. Aberto o inquérito, apurou-se que o funcionário tinha um patrimônio muito superior ao que seus rendimentos permitiriam. Ficou provado que aquele funcionário costumava receber propinas de vários empresários para fechar os contratos. Descobriu-se que esses empresários pagavam propinas para obter vantagens em instituições públicas. A investigação ampliou-se. A teia da corrupção era enorme e abrangia setores do governo e do judiciário, partidos políticos, empresas públicas e privadas, parlamentares e funcionários públicos. Texto Anterior: Reforma na lei garantiu êxito Próximo Texto: A reengenharia do judiciário Índice |
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