São Paulo, domingo, 26 de junho de 1994
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Alemães tentam abafar crise contra Coréia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Alemanha tentará amanhã, contra a Coréia, superar uma crise interna deflagrada na última quarta pelas declarações do zagueiro Berthold, criticando o esquema do técnico Berti Vogts.
Ao contrário das declarações de Vogts, os resultados contra a Bolívia (1 a 0) e contra a Espanha (1 a 1) não agradaram aos jogadores, apesar de garantirem ao time a liderança do grupo.
Além disso, Berthold e o meia Haessler discordam da decisão de Vogts em escalar o jogador Matthaeus como líbero, tirando-o do meio-campo.
Vogts acabou concordando que o desempenho do time não está sendo satisfatório, mas não mudou de idéia quanto a Matthaeus.
A equipe se reuniu na quinta-feira para discutir as atuações nos últimos jogos e resolver diferenças entre os jogadores.
Berthold, Haessler, Matthaeus e Brehme compõem o quadro de estrelas veteranas do time. Segundo eles, os jogadores mais jovens sofrem de "falta de agressividade".
Após a partida contra a Espanha, o zagueiro Brehme criticou duramente o meia Sammer, dizendo que este não se empenhou o bastante na lateral esquerda, abrindo várias oportunidades para os espanhóis.
Além disso, Haessler também se queixou de sua posição, não contente em ser designado para cobrir emergências na defesa.
O outro problema da seleção alemã envolve o meia Moeller. Segundo Vogts, o medo de ser visado pela marcação adversária e, consequentemente, de ser alvo de faltas duras, está abatendo o desempenho do jogador.
Após o treino de sexta-feira, Vogts resolveu deixar Moeller na reserva para o próximo jogo.
A decisão de Vogts foi uma surpresa para a imprensa alemã, já que a transferência de Matthaeus do meio-campo teve justamente o intuito de abrir a posição para Moeller.
Vogts não disse se haverá outras modificações no time alemão. Matthaeus adiantou anteontem que as mudanças da equipe referem-se mais à determinação do time em campo do que à substituições.
Vogts também confirmou a escalação de Sammer para o jogo contra a Bolívia. Ao defender o jogador das críticas de seus colegas, Vogts justificou-se dizendo que Sammer foi o melhor em campo contra a Bolívia.

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