São Paulo, domingo, 17 de julho de 1994 |
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Reduto de italianos abriga torcida do Brasil
ALESSANDRA BLANCO
"Nossos pais são italianos e torcem para a Itália, mas nós torcemos para o Brasil", disse Adriano Coelho, 23, o "Guna". O local é um "centro de concentração" e dá sorte aos descendentes de italianos que torcem para o Brasil. No domingo, antes do jogo, eles vão fazer um churrasco. "Também vamos beber bastante cerveja para poder relaxar", disse Vito Laruccia, 32, o "Pixote". Durante o jogo, a camisa do bloco "Tô Loco", também organizado pelos rapazes do São Vito Futebol Clube, é obrigatória e mulher não entra. "Elas assistem em casa e de vez em quando ligam para saber se estamos aqui. Nós preferimos torcer e sofrer sozinhos. Fazemos isso em qualquer campeonato de futebol", disse Coelho. Após o jogo, haverá meia hora de fogos e Carnaval na rua em frente à associação, depois todos vão subir em um caminhão e comemorar na avenida Paulista. Na segunda-feira, trabalho é algo que não passa pela cabeça dos torcedores. "Vou beber e comemorar até de manhã. Trabalho nem pensar", disse Laruccia. O grupo do São Vito Futebol Clube é o mesmo que organiza a festa de São Vito no mês de junho. A intenção para a final da Copa era montar um telão na rua e comemorar ao som do bloco "Tô Loco", mas o fato de o time adversário ser a Itália mudou um pouco os planos. "Nossos pais ficam um pouco ofendidos. Eles entendem que não estamos menosprezando a pátria deles e preferimos nosso futebol. Mesmo assim, não queremos discussão", disse Coelho. (ABl) Texto Anterior: Família repete o cardápio do dia do tri Próximo Texto: Casas noturnas fazem festa e alugam cinema Índice |
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