São Paulo, domingo, 17 de julho de 1994 |
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"Você é livre, não bate cartão", diz operador
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Com essas palavras o operador de produção Luis Antônio Medeiros, 36, define como é trabalhar na Delco. Depois de ter passado pela Caterpilla e Dedini, Medeiros considera que a comunicação com a "chefia" é bem melhor na Delco. "A gente come até na mesma mesa", afirma. Udival Romani Jr., 26, também operador de produção, concorda: "Você pode falar com o coordenador e com o gerente-geral a qualquer hora, tem livre acesso. Você perde a noção que ele é chefe, parece companheiro de trabalho." Romani, que já tinha trabalhado antes em uma firma de assessoria eletrotécnica, está aprendendo inglês e pretende voltar a cursar universidade. "A empresa paga 70% da universidade e do curso de inglês e oferece vários cursos internos. Ela estimula o cara a aprender e todo mundo gosta de ter um currículo melhor", afirmou. Maurício Bomback, 23, também operador de produção, é até formado em tecnologia mecânica na Unicamp. "Se você aprende a mexer em todas as áreas da empresa, fica mais estimulado", afirma. Bomback e Medeiros definem a função dos coordenadores. "Eles não fazem nada. Ficam em uma salinha fechada e só vão na linha de produção quando a gente tem algum problema", diz Medeiros. "Quando o time está dando certo, o coordenador não tem quase função", complementa Bomback. Os coordenadores Fábio Rodrigues, 26, e Luiz Paulo Reali, 28, dizem que estão lá para servir aos operadores, "nossos clientes". "Encaminhamos sugestões de melhoria, verificamos com outras áreas se ela é viável, fazemos a comunicação entre os times", afirma Rodrigues. (CPL) Texto Anterior: 'Times' controlam funcionários Próximo Texto: Dividir lucros é o próximo passo Índice |
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