São Paulo, domingo, 17 de julho de 1994 |
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'Futebol de resultado' vira lema
FERNANDO RODRIGUES; MÁRIO MAGALHÃES
Não importa como ganhar os jogos. Importa vencer. Houve uma renúncia deliberada de se fazer espetáculo em campo. "Quem quer espetáculo deve ir a circo", repete em entrevistas o coordenador-técnico da seleção, Mário Jorge Lobo Zagalo. "E a seleção não tem nada a ver com um circo." "Estamos cansados de jogar bonito e perder a Copa do Mundo", diz o zagueiro Márcio Santos. Na semana passada, os atacantes Romário e Bebeto defenderam a busca pura e simples do resultado na competição. "Nós não estamos jogando um futebol bonito, de espetáculo. Jogamos um futebol moderno", disse Romário. "Para nós, o que importa é o resultado. E isso tem sido prático para nós. Não importa jogar bonito", afirmou Bebeto. A Folha ouviu outros cinco jogadores titulares de Parreira. Todos inocularam totalmente a ideologia do técnico. O futebol de resultado é uma missão para todos. "Me lembro bem de 1982. Eu era apenas um garoto. Jogamos bonito em Barcelona... E perdemos. É hora de mudarmos as coisas", declarou Márcio Santos. Taffarel acha que o Brasil "está precisando muito mais desse título" do que a Itália. O goleiro não elabora sobre o assunto. "O importante é o Brasil ganhar", diz. "Só o professor sabe qual é o melhor (jogador) para o time. O dever cumprido para nós é sermos campeões. Vice não resolve o problema", diz Mazinho. "Final é final, né?", pergunta o recém-promovido a titular Branco. Para ele, o importante no jogo de hoje à tarde é "ter atenção. Não pode bobear nem um minuto". "Se bobear, a Itália é um time que castiga. E se você analisar bem, a Itália é um time que vem tendo uma sorte terrível", analisa o lateral brasileiro. (FR e MM) Texto Anterior: Romário tenta hoje ser artilheiro da Copa Próximo Texto: Brasil faz a final 'em casa' na Califórnia Índice |
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