São Paulo, domingo, 17 de julho de 1994 |
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Zagueiro sabe anular Romário
SÍLVIO LANCELLOTTI
Em junho de 68, nasceu-lhe da mulher o filho Paolo –a quem o pai ensinou os mistérios da pelota. Aliás, 18 anos depois, nas funções de mister da Under-21 da Bota, Cesare não hesitou em entregar ao bambino a posição que fora sua. Rapidamente o garoto se provou até melhor do que o "babbo". Paolo estreou na equipe principal em março de 88 e, desde então, não mais perdeu o lugar de titular. Hoje completa a sua partida de número 60. Na Copa, ganhou de Beppe Baresi a braçadeira de capitão em cinco jogos –honra que deve devolver ao líder do elenco. Rude justiça. A tradição da "Azzurra" determina que seja o capitão o atleta com mais prélios na seleção. Paolo Maldini, porém, já se provou o melhor dos 22 convocados de Arrigo Sacchi –inclusive porque, depois da contusão de Baresi, a contragosto se deslocou da lateral à quarta-zaga. No chão ou pelo alto, foi imbatível em todos os cotejos da Itália, particularmente na dramática prorrogação diante da Nigéria, com Zola expulso e Mussi dilapidado pelas cãibras. Caberá a Maldini marcar Romário: "Um atacante que exige muitos cuidados, por ser veloz e imprevisível. Neste Mundial, até aquilo que não se esperava Romário realizou, gol de cabeça". Mas Maldini sabe como controlar o brasileiro –antecipando seus pensamentos e movimentos. No jogo em que o Milan bateu o Barcelona, 4 a 0, a decisão da Copa dos Campeões da Europa, de fato Romário não viu a bola. (SL) Texto Anterior: Dino Zoff foi quem mais defendeu o gol da Itália Próximo Texto: Baresi está fora do jogo de hoje Índice |
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