São Paulo, domingo, 17 de julho de 1994 |
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Ação diplomática levou à economia
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
Quando entrou para a carreira diplomática, Campos tinha formação humanista, estudioso de filosofia e teologia. Mas, ele conta: "Sempre me designavam para o setor de secos e molhados", designação depreciativa que se atribuía ao setor econômico. Campos resolveu começar a estudar economia à noite. "Foi muita sorte", conta, "porque quando apareceu a diplomacia econômica eu era o único funcionário do Itamaraty habilitado". Diplomata, embaixador, diretor do BNDES, teve seu ápice como ministro do Planejamento do governo Castello Branco (1964-67). Em dobradinha com Octávio Gouvêa de Bulhões, comandou um programa de estabilização e uma profunda reforma no setor público brasileiro, ambos bem-sucedidos. Conservador, voz isolada no período em que prevaleceu um pensamento econômico social-democrata, Campos sente-se reconfortado com a supremacia das idéias de redução do Estado, privatização e ortodoxia monetária. Mas não muito feliz. Acha que se perdeu tempo para se chegar lá. Os críticos dizem que ele estava certo na hora errada. (CAS) Texto Anterior: Roberto Campos lembra participação aos 27 anos Próximo Texto: Promotores confirmam renúncia; Itália solta acusados de corrupção Índice |
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