São Paulo, domingo, 17 de julho de 1994
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Romênia tem 'cemitério feliz'

The Wall Street Journal
De Nova York

DE NOVA YORK

"Adorei beber e aproveitar a vida com belos homens a meu lado. Mas você, Darvai, meu marido, enquanto viver deve pensar apenas em mim, porque você nunca vai achar outra mulher como eu."
Isto é o que diz o epitáfio do túmulo de uma moradora de Sapinta, extremo norte da Romênia.
A cidade tem pouco mais de 5.000 habitantes. Eles são pobres: nenhum tem banheiro dentro de casa, diz o "Wall Street".
Quando morrem, vão todos para o "cemitério feliz". O terreno tem cerca de 600 túmulos de madeira ornados com as cores azul, amarela e vermelha, caricaturas dos mortos e vários versos em primeira pessoa, escritos em um dialeto camponês obsceno.
Diz um epitáfio: "Eu amava mulheres e cavalos. Adorava sentar à mesa com a mulher dos outros. Pena que morri tão jovem."
Até mesmo o sisudo presidente Nicolae Ceaucescu, executado durante a revolução que derrubou o comunismo em 1989, riu quando visitou o cemitério.
"Estou profundamente impressionado com as obras de arte", afirmou Ceaucescu, segundo a reportagem de Roger Thurow.

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