São Paulo, sábado, 30 de julho de 1994
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Apelido foi idéia de Grande Otelo

ROSE ZUANETTI
DO BANCO DE DADOS

Antonio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, ganhou este apelido do ator Grande Otelo. Afinal, dizia Otelo, aquele nome comprido de batismo "não parecia de crioulo".
Foi com esse nome que o carioca do Morro da Cachoeirinha passou a integrar, em 1970, o grupo de comediantes formado então por Renato Aragão (Didi) e Manfried Sant'Anna (Dedé). Depois de Mussum, viria Mauro Facio Gonçalves, o Zacarias, morto em 1990.
Em 1977, na TV Globo, o programa do grupo passaria a se chamar "Os Trapalhões".
Mussum já era então o personagem conhecido pelo "is" que acrescentava ao final das palavras. "Forevis", "poupancis", "mulatis" se tornaram expressões populares.
Antes de ser Mussum, Antonio Carlos já falava assim. Ele ainda era o Carlinhos da Mangueira e brincava com os amigos da escola de samba.
Foi cabo da Aeronáutica até 68, quando ingressou no conjunto Os Originais do Samba.
Com os Originais, Mussum fez muito sucesso com composições como "Do Lado Direito da Rua Direita" e "A Tragédia no Fundo do Mar". Gravou 12 álbuns e ganhou três discos de ouro com o conjunto.
Em 1981, gravou um disco solo, "Mussum", com músicas de Baden Powell, Vinicius de Moraes e Martinho da Vila.
Em maio de 94, Mussum reconheceu a paternidade do menino Antonio Carlos, de 10 meses, que teve numa relação extraconjugal com a paraibana Maria Santana de Moura.
A mãe moveu e ganhou uma ação de investigação de paternidade. Ela reivindicava pensão alimentícia de oito salários mínimos. Mussum propôs quatro e pleiteou a guarda do menino.
Mussum tinha 53 anos. Era casado havia 18 anos com Neila e tinha três filhos.

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