São Paulo, sábado, 30 de julho de 1994
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Crediário para automóveis deve dobrar

ARTHUR PEREIRA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A esperada queda da inflação e a redução das taxas de juros vão alterar o perfil das vendas de veículos no segundo semestre de 94.
O número de automóveis comprados pelo crédito direto ao consumidor ultrapassará o total de negócios feitos à vista.
As compras a prazo deverão representar 35% do volume de vendas. No primeiro semestre, apenas 15% dos carros foram financiados.
As vendas à vista –60% dos negócios feitos no primeiro semestre– vão cair para 30%. O consórcio fica com 25% do mercado e o leasing, com 10%.
A previsão é da Anef (Associação Nacional das Entidades de Serviços Financeiros e de Consórcio da Indústria Automobilística), que reúne bancos e administradoras de consórcios das montadoras.
As opções de financiamento devem crescer com a queda dos juros. "A tendência é o alongamento dos prazos de financiamento, que terão prestações fixas e de valor mais baixo", diz Russell Charles Cook, presidente da entidade.
Atualmente a maior parte do crédito é pós-fixado, com reajuste das prestações pela TR. "A procura pelo financiamento começou a melhorar este mês, mas os juros ainda estão muito altos", afirma.
Os bancos ligados às montadoras são responsáveis por 40% dos financiamentos de veículos novos.
Para a Anef, o Plano Real também vai beneficiar o setor de consórcios. Neste mês a entidade já detectou aumento de 15% na compra de quotas e formação de grupos. (Arthur Pereira Filho)

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