São Paulo, sexta-feira, 5 de agosto de 1994
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Cautela predomina nas Bolsas de Valores

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

As Bolsas de Valores estão sem definição de tendência no curto prazo, por causa do vencimento do mercado de opções na Bolsa paulista no próximo dia 15 e de índice futuro (no dia 17).
Trava-se a tradicional guerra entre os investidores com posições "compradas" (com expectativa de alta) e "vendidas" (de baixa).
O índice da Bolsa paulista caiu 0,8% e o indicador carioca (Senn) teve baixa de 0,2%.
O volume de negócios na Bolsa paulista recuou de R$ 288,3 milhões no dia anterior para R$ 249,9 milhões ontem.
Os negócios com dólar comercial mantiveram-se estáveis, embora o mercado futuro esteja projetando alta nas cotações.
O Banco Central sinalizou a taxa do over a 5,5% ao mês até a próxima segunda-feira.
O mercado está travado. O compulsório de 100% sobre os depósitos à vista criou bolsões de liquidez no mercado financeiro.
Os clientes estão utilizando menos os bancos e sobra mais dinheiro em conta. O dinheiro em conta corrente é direcionado na totalidade para o Banco Central.
As pequenas instituições evitam realizar o redesconto no BC e estão realizando a "zeragem" nos grandes bancos.
Os bancos aguardam uma retomada das atividades somente para a segunda quinzena deste mês, quando esperam que estejam definidas as novas regras para as aplicações financeiras e as alterações tributárias.
A procura por empréstimos por parte das empresas ainda é pequena. O presidente do Unibanco, Thomas Zinner, informa, no entanto, que a procura por financiamentos para pessoas físicas registra ligeiro crescimento.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 0,134% no último dia 2. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas variaram entre 5,48% e 5,52%, contra a taxa média de 5,51% ao mês no dia anterior.
CDB e caderneta
As cadernetas rendem 5,7167% no dia 5. As taxas dos CDBs indexados à Taxa Referencial variaram entre 12% e 17% ao ano. As taxas dos CDBs prefixados para 32 dias variaram entre 15% e 45% ao ano.

Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: as taxas variaram entre 5,52% e 5,80% ao mês, contra a taxa média de 5,74% ao mês no dia anterior. Para 32 dias (capital de giro): as taxas variaram entre 44% e 52% ao ano, contra 48% e 56% ao ano no dia anterior.

No exterior
Prime rate: 7,25%. Libor: 5,0625%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: o índice fechou a 43.549 pontos com queda de 0,8% e volume financeiro de R$ 249,93 milhões, contra R$ 288,38 milhões no pregão anterior. Rio: queda de 0,2% (I-Senn), fechando com 16.916 pontos e volume financeiro de R$ 20,417 milhões, contra R$ 32,774 milhões no pregão anterior.

Bolsas no exterior
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou a 3.765,79 pontos, contra 3.792,66 pontos no pregão anterior. O índice Financial Times em Londres fechou a 2.461,60 pontos, contra 2.463,40 no pregão anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.676,84 pontos, contra 20.632,73 pontos no pregão anterior.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,909 (compra) e R$ 0,911 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,908 (compra) e R$ 0,910 (venda). "Black": R$ 0,90 (compra) e R$ 0,92 (venda). "Black" cabo: R$ 0,91 (compra) e R$ 0,92 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,88 (compra) e R$ 0,91 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 0,09%, fechando a R$ 10,98 o grama na BM&F, movimentando 1,11 toneladas, contra 2,11 tonelada no dia anterior.

No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres a libra foi cotada ontem a US$ 1,5387, contra US$ 1,5385 no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,5775 marco alemão, contra 1,5798 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 100,19 ienes, contra 100,33 no dia anterior. A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York fechou a US$ 377,50, contra US$ 377,30 no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para agosto fechou a 3,61% ao mês, a 2,97% para setembro e a 3,00% para outubro.
No mercado futuro de dólar, a cotação foi de R$ 0,934 para 31 de agosto, R$ 0,950 para 30 de setembro e R$ 0,967 para 31 de outubro e R$ 0,982 para 30 de novembro.
O índice Bovespa futuro fechou a 46.000 para outubro, correspondendo com expectativa de valorização de 3,48%.

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