São Paulo, sexta-feira, 5 de agosto de 1994 |
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Cautela predomina nas Bolsas de Valores
RODNEY VERGILI
Trava-se a tradicional guerra entre os investidores com posições "compradas" (com expectativa de alta) e "vendidas" (de baixa). O índice da Bolsa paulista caiu 0,8% e o indicador carioca (Senn) teve baixa de 0,2%. O volume de negócios na Bolsa paulista recuou de R$ 288,3 milhões no dia anterior para R$ 249,9 milhões ontem. Os negócios com dólar comercial mantiveram-se estáveis, embora o mercado futuro esteja projetando alta nas cotações. O Banco Central sinalizou a taxa do over a 5,5% ao mês até a próxima segunda-feira. O mercado está travado. O compulsório de 100% sobre os depósitos à vista criou bolsões de liquidez no mercado financeiro. Os clientes estão utilizando menos os bancos e sobra mais dinheiro em conta. O dinheiro em conta corrente é direcionado na totalidade para o Banco Central. As pequenas instituições evitam realizar o redesconto no BC e estão realizando a "zeragem" nos grandes bancos. Os bancos aguardam uma retomada das atividades somente para a segunda quinzena deste mês, quando esperam que estejam definidas as novas regras para as aplicações financeiras e as alterações tributárias. A procura por empréstimos por parte das empresas ainda é pequena. O presidente do Unibanco, Thomas Zinner, informa, no entanto, que a procura por financiamentos para pessoas físicas registra ligeiro crescimento. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 0,134% no último dia 2. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas variaram entre 5,48% e 5,52%, contra a taxa média de 5,51% ao mês no dia anterior. CDB e caderneta As cadernetas rendem 5,7167% no dia 5. As taxas dos CDBs indexados à Taxa Referencial variaram entre 12% e 17% ao ano. As taxas dos CDBs prefixados para 32 dias variaram entre 15% e 45% ao ano. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: as taxas variaram entre 5,52% e 5,80% ao mês, contra a taxa média de 5,74% ao mês no dia anterior. Para 32 dias (capital de giro): as taxas variaram entre 44% e 52% ao ano, contra 48% e 56% ao ano no dia anterior. No exterior Prime rate: 7,25%. Libor: 5,0625%. AÇÕES Bolsas São Paulo: o índice fechou a 43.549 pontos com queda de 0,8% e volume financeiro de R$ 249,93 milhões, contra R$ 288,38 milhões no pregão anterior. Rio: queda de 0,2% (I-Senn), fechando com 16.916 pontos e volume financeiro de R$ 20,417 milhões, contra R$ 32,774 milhões no pregão anterior. Bolsas no exterior O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou a 3.765,79 pontos, contra 3.792,66 pontos no pregão anterior. O índice Financial Times em Londres fechou a 2.461,60 pontos, contra 2.463,40 no pregão anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.676,84 pontos, contra 20.632,73 pontos no pregão anterior. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,909 (compra) e R$ 0,911 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,908 (compra) e R$ 0,910 (venda). "Black": R$ 0,90 (compra) e R$ 0,92 (venda). "Black" cabo: R$ 0,91 (compra) e R$ 0,92 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,88 (compra) e R$ 0,91 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: alta de 0,09%, fechando a R$ 10,98 o grama na BM&F, movimentando 1,11 toneladas, contra 2,11 tonelada no dia anterior. No exterior Segundo a agência "UPI", em Londres a libra foi cotada ontem a US$ 1,5387, contra US$ 1,5385 no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,5775 marco alemão, contra 1,5798 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 100,19 ienes, contra 100,33 no dia anterior. A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York fechou a US$ 377,50, contra US$ 377,30 no dia anterior. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para agosto fechou a 3,61% ao mês, a 2,97% para setembro e a 3,00% para outubro. No mercado futuro de dólar, a cotação foi de R$ 0,934 para 31 de agosto, R$ 0,950 para 30 de setembro e R$ 0,967 para 31 de outubro e R$ 0,982 para 30 de novembro. O índice Bovespa futuro fechou a 46.000 para outubro, correspondendo com expectativa de valorização de 3,48%. Texto Anterior: Preços de serviços disparam Próximo Texto: Prestação do SFH sobe mais que salário Índice |
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