São Paulo, segunda-feira, 8 de agosto de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Empresa aposta em entretenimento
RODNEY VERGILI
A empresa começou com cinco funcionários e faturamento mensal de US$ 25 mil por mês. Hoje atua nos ramos de áudio, entretenimento e telecomunicações. Os empresários logo dividiram suas funções, de acordo com suas vocações. Carbone assumiu a área comercial e Garanhani a industrial. Com a vinda da Nintendo para o Brasil, a empresa abandonou o mercado de cartuchos e passou a atuar no mercado de "joysticks" com cinco produtos Pro, compatíveis com a linha de diversos fabricantes de videogames. Para os empresários, a linha de acessórios tinha poucos concorrentes e demonstrava crescimento. As empresas fabricantes de videogames, para ampliar o mercado e baixar os custos, começaram a reduzir o número de "joysticks" entregue ao consumidor de dois para um. No início de 1993, criava-se um mercado de troca e complementação. A Chips entrava no segmento e ampliava o número de funcionários para 40 e seu faturamento mensal para US$ 120 mil. O mercado crescia e a empresa lançava a linha de quatro "joysticks" Super Pro, que trazia como novidade botões programáveis, controles de turbo com duas velocidades e em câmera lenta. Com a vinda da Nintendo para o Brasil através da empresa Playtronic, a empresa parou de fabricar cartuchos de videogames. A empresa partiu, no entanto, para a ofensiva e lançou em agosto do ano passado o aparelho de videogame Prosystem-8 Baby e o número de funcionários já havia aumentado para 60 e o faturamento mensal saltou para US$ 250 mil. A entrada de novas empresas –Tec Toy e Playtronic– no setor de videogames foi acompanhada por um crescimento do mercado como um todo. A evolução recente do mercado de videogames esteve ligada também "ao fato de o produto ser bastante procurado pelos pais para manter os filhos em casa em período de recessão", diz Carbone. No faturamento da empresa hoje, os "joysticks" têm uma participação de 40%, os videogames, 10%; os rádios, 20% e telefones, 30%. A Chips possui 115 funcionários mas trabalha com terceirização envolvendo mais cem pessoas. As partes e peças são feitas fora e a integração dos componentes é realizada na sede da empresa. A terceirização permite à empresa enfrentar os momentos de sazonalidade do mercado. Os empresários explicam o crescimento da empresa pela diversificação correta das atividades, produtos diferenciados e de preços competitivos e por trabalharem quase 15 horas por dia. PARA SABER MAIS: Chips do Brasil Eletrônica - (011) 264-0644. Texto Anterior: LUÍS NASSIF Próximo Texto: Diversificação é arma para crescer Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |