São Paulo, segunda-feira, 8 de agosto de 1994
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Empresa aposta em entretenimento

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

Os sócios Leonardo Carbone e Ubirajara Garanhani tiveram a iniciativa de criar a Chips do Brasil em abril de 1992 para operar no mercado de cartuchos de videogames compatíveis com produtos Nintendo.
A empresa começou com cinco funcionários e faturamento mensal de US$ 25 mil por mês. Hoje atua nos ramos de áudio, entretenimento e telecomunicações.
Os empresários logo dividiram suas funções, de acordo com suas vocações. Carbone assumiu a área comercial e Garanhani a industrial.
Com a vinda da Nintendo para o Brasil, a empresa abandonou o mercado de cartuchos e passou a atuar no mercado de "joysticks" com cinco produtos Pro, compatíveis com a linha de diversos fabricantes de videogames.
Para os empresários, a linha de acessórios tinha poucos concorrentes e demonstrava crescimento.
As empresas fabricantes de videogames, para ampliar o mercado e baixar os custos, começaram a reduzir o número de "joysticks" entregue ao consumidor de dois para um. No início de 1993, criava-se um mercado de troca e complementação.
A Chips entrava no segmento e ampliava o número de funcionários para 40 e seu faturamento mensal para US$ 120 mil.
O mercado crescia e a empresa lançava a linha de quatro "joysticks" Super Pro, que trazia como novidade botões programáveis, controles de turbo com duas velocidades e em câmera lenta.
Com a vinda da Nintendo para o Brasil através da empresa Playtronic, a empresa parou de fabricar cartuchos de videogames.
A empresa partiu, no entanto, para a ofensiva e lançou em agosto do ano passado o aparelho de videogame Prosystem-8 Baby e o número de funcionários já havia aumentado para 60 e o faturamento mensal saltou para US$ 250 mil.
A entrada de novas empresas –Tec Toy e Playtronic– no setor de videogames foi acompanhada por um crescimento do mercado como um todo. A evolução recente do mercado de videogames esteve ligada também "ao fato de o produto ser bastante procurado pelos pais para manter os filhos em casa em período de recessão", diz Carbone.
No faturamento da empresa hoje, os "joysticks" têm uma participação de 40%, os videogames, 10%; os rádios, 20% e telefones, 30%.
A Chips possui 115 funcionários mas trabalha com terceirização envolvendo mais cem pessoas.
As partes e peças são feitas fora e a integração dos componentes é realizada na sede da empresa. A terceirização permite à empresa enfrentar os momentos de sazonalidade do mercado.
Os empresários explicam o crescimento da empresa pela diversificação correta das atividades, produtos diferenciados e de preços competitivos e por trabalharem quase 15 horas por dia.
PARA SABER MAIS:
Chips do Brasil Eletrônica - (011) 264-0644.

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