São Paulo, segunda-feira, 15 de agosto de 1994 |
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A lei, ora a lei; Eleitores infiéis; Cabo eleitoral; Crise de identidade; Alto astral; Reforma ampla; Alça de mira; Operação pinça; Dedo na ferida A lei, ora a lei Apesar de a boca-de-urna estar vedada pela lei eleitoral, candidatos em São Paulo já têm seus esquemas prontos. Se os coordenadores sentirem que não há repressão –sobretudo no interior–, os "boqueiros" irão à luta. Eleitores infiéis FHC ainda não conquistou parcela considerável dos eleitores do PSDB nos estados. Segundo o Datafolha, 13% dos eleitores de Mários Covas (SP) e 18% dos de Tasso Jereissati (CE), pretendem votar em Lula no primeiro turno. Cabo eleitoral Dos candidatos que lideram a disputa nos Estados, só Miguel Arraes (PE) transfere mais votos a Lula do que a FHC, segundo o Datafolha. 27% dos eleitores de Arraes escolhem Lula e 15% FHC. Crise de identidade Ainda é apenas parcial o envolvimento de Hélio Garcia com a candidatura do tucano Eduardo Azeredo ao governo de Minas. A prometida liberação de verbas para um amplo progama de pequenas obras ainda não saiu do papel. Alto astral Ricupero não se cansa de falar a Itamar e companhia que o governo está realizando uma proeza sem precedentes na história recente da República: terminar um mandato com alta taxa de popularidade e presença constante na mídia. Reforma ampla A reação de Itamar à proposta da Fazenda de reduzir a base de cálculo do PIS devido pelos bancos não desconcertou Ricupero. O ministro não reconhece a idéia como sua e diz que sua proposta é de uma reforma ampla dos impostos. Alça de mira A crise do sistema de saúde convenceu Ricupero da necessidade de se contar, na Fazenda, com um consultor especializado no financimaneto do sistema. Não há intenção explícita de confronto com o ministro Henrique Santillo. Operação em pinça O ministro Romildo Canhim (Administração) quer aprofundar a investigação sobre o uso ilegal das senhas de acesso à folha de pagamento do funcionalismo. Promete apertar a rede de pessoas beneficiadas com os ganhos ilegais. Dedo na ferida A comissão do Senado que prepara o projeto do novo Código de Trânsito fará audiências públicas sobre o tema. Os parlamentares estarão em São Paulo no dia 16 (Instituto de Engenharia), no Rio dia 17 e em Belo Horizonte no dia 23. TIROTEIO Do procurador geral da República, Aristides Junqueira, sobre leis e homens públicos no Brasil: – O problema é que, quando falta vergonha na cara e sobra mau caráter, não há lei que dê jeito. Texto Anterior: Hora de desespero; Crise anunciada; Eficácia duvidosa; Day after; Acordo quebrado; A conferir; De olho no passado; Alça de mira Próximo Texto: Ministro cantador Índice |
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