São Paulo, segunda-feira, 15 de agosto de 1994
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Clima estraga obras, diz Maciel

Da Agência Folha, em Florianópolise do enviado especial ao Recife
O senador Marco Maciel disse ser "evidente" que, depois de 15 anos de sua construção, as barragens do projeto Asa Branca precisem de reparos.
"São obras que estão sujeitas à instabilidade climática", afirmou. Maciel atribuiu a destruição de algumas barragens às fortes chuvas que caíram em Pernambuco no primeiro ano após a conclusão dessas obras.
Ainda segundo Maciel, as barragens danificadas haviam sido construídas dentro do sistema de gabiões, modelo em que são usados arame e pedras.
"Não havia, pela natureza do solo, condições de fazer barragens apoiado nos sistemas tradicionais", afirmou Maciel. Segundo ele, todas as obras danificadas foram consertadas.
"Foi um pequeno número de problemas em relação ao grande volume de rios perenizados", afirmou o senador.
Maciel disse ainda que muitas dessas obras estão produzindo resultados positivos até hoje. "Há muitas pessoas que vivem da agricultura irrigada", afirmou.
O coordenador do projeto Asa Branca no governo Marco Maciel, Mário Antonino, 61, reconhece que a técnica de gabião não se adaptou a alguns tipos de terrenos, mas não admite o fracasso do projeto.
Ele afirma que o fracasso ocorreu apenas no rio Pajeú, onde apenas uma barragem resistiu à força das águas. Nos outros rios, as barragens teriam sido recuperadas. A Folha apurou que a maioria rompeu definitivamente.
Antonino acrescenta que ficaram outras obras do projeto Asa Branca, como as estradas vicinais, as redes de eletrificação rural, 178 poços artesianos e 25 barragens isoladas.

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