São Paulo, segunda-feira, 15 de agosto de 1994
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Crescimento econômico tem queda em cem dias do governo Mandela

FERNANDO ROSSETTI
DE JOHANNESBURGO

A queda na expectativa de crescimento econômico da África do Sul de 3% para 2,5% este ano é a principal crítica aos primeiros cem dias do governo Nelson Mandela.
A avaliação foi feita pelos jornais do país no fim-de-semana. O período se completa quinta-feira.
A "conduta" de Mandela é avaliada como "impecável" pelo "The Weekly Mail & Guardian", um dos principais jornais do país.
Em entrevista publicada pelo "Sunday Times", disse: "O que precisamos é de um crescimento econômico de cerca de 6%".
Para Mandela, essas "idéias vão exigir que apertemos nossos cintos. Acho que podemos convencer nosso povo a fazer isso de forma que a economia cresça".
Mandela "poderá se arrepender do exagero retórico que o levou a ser eleito há cem dias", avalia o "Mail & Guardian".
Quando ocorre algum problema nas repartições públicas ou em disputas trabalhistas, se tornou comum ouvir como resposta: "Vá falar com o Mandela".
A melhor avaliação entre os ministros é para o da Habitação, o branco Joe Slovo, do Partido Comunista Sul-Africano.
Na semana passada, Slovo defendeu no Parlamento que uma verba de US$ 1,2 bilhão para as Forças Armadas comprarem dois submarinos vá para seu ministério.
"Esse dinheiro nos permitiria conceder subsídio de habitação para 368 mil famílias, em outras palavras, 1,5 milhão de pessoas".
Os dados oficiais apontam que vivem em favelas ou em situação improvisada 7 milhões dos 30,9 milhões de sul-africanos.

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