São Paulo, segunda-feira, 22 de agosto de 1994
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Exército reestrutura serviço de informações

SÔNIA MOSSRI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Às vésperas das eleições presidenciais, o Ministério do Exército prepara a reestruturação do serviço de informações. Em 95, começa a funcionar em Brasília a Escola de Inteligência Militar.
Grupo de trabalho do Estado Maior do Exército elabora a nova filosofia para o serviço de inteligência do Exército, que substituirá a antiga teoria de segurança interna, desenvolvida durante o regime militar.
Sabe-se que o Exército não abre mão de continuar acompanhando o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra e mobilizações sindicais.
O argumento é que é preciso dados destas duas áreas, porque o Exército pode ser convocado para intervir com o objetivo de garantir a ordem interna, como prevê a Constituição.
O Exército avalia que a extinção do SNI (Serviço Nacional de Informações), no governo Collor, desarticulou a formação de militares especializados no setor de inteligência.
A estrututura do SNI incluía a Esni (Escola Nacional de Informações). Ela preparava oficiais e sargentos para as unidades do próprio Serviço Nacional de Informações, do CIE (Centro de Informação do Exército) e das ramificações presentes em todos os comandos regionais do Exército.
A Escola de Inteligência Militar terá cursos de especialização com duração de um ano para oficiais e sargentos, a exemplo da extinta Esni.
O Estado Maior do Exército tem mantido contatos com serviços de inteligência militares de outros países, como Estados Unidos, Inglaterra e França, para desenvolver um novo modelo que será ensinado na Escola de Inteligência.

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