São Paulo, segunda-feira, 22 de agosto de 1994 |
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Mercado publicitário deve atingir o recorde em 1994
NELSON BLECHER ; FILOMENA SAYÃO
Os dados, que a Folha divulga simultaneamente com a publicação "Meio & Mensagem", são do Projeto Inter-Meios, que mede o crescimento do setor com base no faturamento de mais de uma centena de veículos de comunicação e representam 90% do volume investido. A receita alcançou US$ 1,3 bilhão. Segundo José Carlos de Salles Gomes Neto, coordenador do Inter-Meios, se o ritmo de investimentos não perder fôlego no segundo semestre, somente o faturamento dos veículos deve chegar a US$ 3,8 bilhões. Estabilização da moeda, aquecimento do consumo popular e o efeito Copa do Mundo são fatores de estímulo aos anunciantes, afirmam os publicitários. Daniel Barbará, presidente do Grupo de Mídia de São Paulo, demonstra otimismo quanto a essa possibilidade. No início do ano, Barbará projetava crescimento de 10% a 12% –agora aposta em 20%. "Existe uma predisposição de compra por parte do consumidor. As empresas, então, passam a anunciar", ele afirma. Ocorre que os anunciantes decidiram elevar seus investimentos acima do projetado antes do Plano Real –tradicionalmente, 60% das verbas de campanhas são veiculadas no segundo semestre. Outdoor e meio exterior (painéis, balões etc), que somam participação de apenas 4,3% no bolo da mídia, registraram aumentos de, respectivamente, 77,4% e 173,5%. A estrutura de distribuição das verbas publicitária se manteve praticamente inalterada no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 1993. As TVs continuam detendo a maior fatia (58,2%), enquanto os jornais canalizam 25,7%, seguidos de revistas (7,4%) e rádio (4,4%). O desempenho de junho, mês da Copa do Mundo, influenciou o do primeiro semestre. De acordo com o Inter-Meios, os investimentos cresceram 51,8% em comparação a junho de 1993. (Nelson Blecher eFilomena Sayão). Texto Anterior: O telespectador fora de casa Próximo Texto: Agências trabalham a plena capacidade Índice |
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