São Paulo, quinta-feira, 25 de agosto de 1994
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Zona Azul responde por 53% das multas

DA REPORTAGEM LOCAL

Entre janeiro e junho deste ano, foram aplicadas no município 1.258.743 multas. Destas, 22,8% foram dos amarelinhos, cuja competência para multar está sendo questionada.
As outras multas foram aplicadas pelas moças da Zona Azul, com 676.046 infrações (53,7%), ou pelo Cptran (Comando de Policiamento de Trânsito), com 296.034 (23,5%).
Uma multa por estacionar em local proibido custa R$ 33,70. Avançar o sinal vermelho é mais caro: R$ 44,94.
A CET não divulgou qual é arrecadação da prefeitura com multas. Historicamente, ela corresponde a 2% de sua receita.
A cada ano, vem diminuindo o número de multas em São Paulo. Em 87, foram emitidas 3.345.000.
Em 88, o último ano da administração Jânio Quadros, ocorreu o maior número de multas da história de São Paulo: 4.567.000.
No primeiro trimestre de 94, os números indicam um crescimento no número de multas.
No período, o número de multas aplicadas foi 27% maior do que o primeiro trimestre do ano passado.
Em 93, o primeiro da gestão de Paulo Maluf, o número de multas foi muito baixo se comparado com os anos anteriores. Elas atingiram apenas 1.883.000.
Em 92 –o último da gestão Luiza Erundina– o número de multas foi 2.980.000.
Uma das promessa do então candidato Maluf era usar "mais apito e menos talão" na fiscalização do trânsito da cidade.
Recurso
Os recursos para recorrer de multas devem ser protocolados no Detran. O motorista não deve pagar a multa até que o recurso seja julgado.
O motorista pode enviar "provas" de que não é responsável pela infração, como um atestado médico informando que naquele momento ele passava por algum tipo de emergência.
Não há um formulário para o recurso. Ele pode ser escrito, inclusive, à mão.
É necessário juntar ao recurso uma cópia da cédula de identidade e de um comprovante de propriedade do veículo. Elas não precisam ser autenticadas.

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