São Paulo, segunda-feira, 5 de setembro de 1994
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Mandela enfrenta protestos

FERNANDO ROSSETI
DE JOHANNESBURGO

O primeiro governo negro da África do Sul criou, durante o processo eleitoral, expectativas de que haveria mudanças rápidas no país.
Agora, quase quatro meses após sua posse, enfrenta uma onda de greves e manifestações de negros decepcionados com a falta de novidades.
A área de educação é uma das que tem sofrido mais críticas tanto por parte dos estudantes como dos jornais sul-africanos.
O regime do apartheid –que durante décadas separou brancos de negros– criou instituições de ensino específicas para cada raça.
Duas das universidades que antes atendiam brancos – Witwatersrand e da Cidade do Cabo– têm qualidade e infra-estrutura equivalentes a instituições do tipo no Primeiro Mundo.
Embora sejam estatais, cobram anuidades em torno de 7.000 rands –moeda da África do Sul– (a quantia equivale a cerca de R$ 2.000), preço proibitivo para a maioria dos negros.
A Universidade de Witwatersrand tem um sistema de bolsas para estudantes com baixo poder aquisitivo. Mas, o governo de Nelson Mandela promete rever todo o sistema de bolsas do país.

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