São Paulo, sexta-feira, 9 de setembro de 1994 |
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Não, obrigado O candidato do PPR à Presidência, Esperidião Amin, fazia campanha ontem, no Mercado Modelo de Salvador. Depois de comer uma especialidade local –o pititinga, um minúsculo peixe servido frito, como tira-gosto–, o senador retomava o corpo-a-corpo quando foi abordado por um corretor de imóveis, Richard Valadares Menezes. Ao cumprimentar o presidenciável com um tapinha nas costas, o homem foi logo pedindo uma ajuda: queria publicar um livro com nada menos do que mil poemas de sua autoria. Diante de um potencial eleitor, Amin não teve dúvidas. Disse que faria o possível para empurrar a carreira literária de Menezes. Afinal, comentou o candidato, é perfeitamente legítimo uma pessoa não querer morrer no anonimato. Para isso, continuou Amin, é necessário plantar uma árvore, publicar um livro ou gerar um filho. – Só não posso ajudar você a realizar essa terceira tarefa –brincou Amin. O corretor de imóveis tratou de devolver a gracinha: – Eu nem ia querer. Ia ser um menino completamente careca! Texto Anterior: Encontro maquiado; Eminência parda; Máquina operadora; Bola da vez; Promessas ao vento; Café na mesa; Onda de violência Próximo Texto: Grupo do Rio quer influir em encontro com Clinton Índice |
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