São Paulo, domingo, 11 de setembro de 1994
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Clube de golfe limita mulheres

MAURICIO STYCER
DA REPORTAGEM LOCAL

A 20 quilômetros do centro de São Paulo, protegido por um muro alto e nenhuma placa na porta, esconde-se o São Paulo Golfe Clube, um dos mais bonitos e exclusivos clubes da cidade.
O estatuto da associação estabelece em 500 o número máximo de sócios-proprietários. Mulheres não têm o direito de comprar títulos, mas até 250 podem ser aceitas como sócias.
Há, hoje, alguns títulos a venda (por cerca de US$ 30 mil), mas a compra não assegura o ingresso.
Para ser aceito, o candidato precisa ser apresentado por cinco sócios, aprovado pela diretoria e por uma comissão de sindicância, formada para analisar o pedido.
O clube foi fundado, em 1901, nas proximidades da Estação da Luz, por engenheiros ingleses que trabalhavam em São Paulo.
Para jogar nos finais de semana e feriados, os homens têm preferência sobre as mulheres. A lógica do São Paulo Golfe Clube é que os homens trabalham durante a semana e as mulheres não. Assim, nos dias de lazer masculino, elas podem esperar um pouco para jogar.

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