São Paulo, domingo, 11 de setembro de 1994
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Poupança inicia o mês com captação negativa

DA REDAÇÃO

As cadernetas de poupança começaram o mês de setembro perdendo recursos, segundo levantamento preliminar da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Nos dois primeiros dias do mês, a captação líquida –depósitos menos saques– foi negativa em 0,39%, o que significou a saída de R$ 135,3 milhões.
A posição foi projetada com base em dados de 11,28% dos agentes do sistema, mas esta deve ter sido a tendência nas instituições em geral.
O saldo total, sem considerar a "caderneta verde" do Banco do Brasil, era de R$ 34,5 bilhões no dia 2 de setembro.
Em agosto a captação já havia sido negativa em 2,03%, com perda de R$ 684,2 milhões, em contraste com julho, quando o movimento fora positivo em 7,91%.
João Batista Gatti, presidente da Abecip, já esperava esta fuga porque em julho, na transição para o real, a captação aumentou muito.
Depois, diz ele, muitos poupadores fizeram o caminho de volta para outras aplicações ou retiraram o dinheiro para a compra de bens de consumo duráveis.
A avaliação do mercado é que a maior parte da poupança foi direcionada para CDBs e fundos.
Considerando a forte captação de julho, afirma Gatti, a fuga em agosto e início de setembro está sendo até menor que a esperada.
Em setembro, o redutor aplicado à média das taxas de CDBs no cálculo da TR foi alterado de 1,4% para 1,2%, aumentando a rentabilidade da poupança. Para outubro são esperadas mudanças na tributação de CDBs e fundos em geral. A poupança ficará mais competitiva porque é isenta de impostos.

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