São Paulo, domingo, 11 de setembro de 1994
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Gerentes levam ligeira vantagem

JOSÉ VICENTE BERNARDO
DA REDAÇÃO

"Estamos em uma nova realidade econômica, não dá para saber com certeza qual é o valor atual do salário em relação ao custo de vida", diz Cássio Mesquita Barros, 63, professor de direito do trabalho na Universidade de São Paulo.
A incerteza criada pela ciranda dos índices –e por fatores como ameaça de desemprego e más condições de trabalho– criam uma tensão desgastante para os dois lados da mesa de negociações.
Para evitar esse desgaste, o consultor trabalhista Wilson Roberto Começanha, 43, prega uma política de comunicação entre empresa e empregados "durante o ano todo, e não só quando surgem tensões". "Muitas vezes o chefe é o responsável pela distância que se cria entre a empresa e o trabalhador."
Profissionais de nível gerencial levam ligeira vantagem na hora de negociar. Em geral, as empresas têm medo de perdê-los para a concorrência –até porque correm o risco de, ao reocupar a vaga, terem que pagar um salário maior do que o que era reivindicado. (JVB)

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