São Paulo, domingo, 11 de setembro de 1994 |
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Minoria branca compra armas
FERNANDO ROSSETTI
compra armas Uma pesquisa sobre posse de armas na África do Sul constatou que 52% das famílias que falam africâner e 46% das que falam inglês possuem armas de fogo. Africâner e inglês são as línguas maternas da minoria branca do país (13% da população). A pesquisa foi feita em 1991 e, desde então, o número de licenças concedidas para posse de armas tem aumentado 20% ao ano, segundo a polícia. No ano passado havia 3,5 milhões de armas de fogo licenciadas na África do Sul, mais de uma para cada dez habitantes. A polícia não tem estimativa do número de armas ilegais no país. Em uma blitz nacional realizada no fim-de-semana retrasado foram aprendidas "mais de cem" armas não-licenciadas. A arma preferida dos criminosos da África do Sul é o fuzil AK-47. É também a arma "indispensável" do guerrilheiro africano. Criado na ex-URSS, o AK-47 pode funcionar ininterruptamente, como uma metralhadora. É à prova de água e de lama, pode ser enterrado e desenterrado sem problemas e precisa de pouca manutenção. Desde o início da década, quando começaram negociações de paz entre grupos guerrilheiros em Angola e Moçambique, ao norte da África do Sul, essas armas têm "inundado" o mercado negro. Na semana passada, a maior "estrela" da Feira Internacional do Ar-94, em Farnborough (Reino Unido), foi um helicóptero fabricado na África do Sul. Seu nome é Rooivalk (pronuncia-se "roifalc"). Ele é capaz de dar rasantes como nenhum outro para lançar mísseis ou balas. Como esteve sob embargo de armas durante o apartheid, a África do Sul acabou desenvolvendo seus próprios armamentos, entre eles o Rooivalk. "Esse helicóptero foi projetado por um piloto para um piloto. É uma boa peça de tecnologia", comentou em Farnborough Paul Beaver, especialista em armas da revista britânica "Jane's".(FR) *Com agências internacionais Texto Anterior: África do Sul enfrenta onda de crimes Próximo Texto: Convite a Mandela gera mortes Índice |
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