São Paulo, domingo, 11 de setembro de 1994
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Corolla dá mais pelo preço de nacional

DA REPORTAGEM LOCAL

A Toyota Corolla Station Wagon é uma perua ultracorreta. Traz o acabamento padronizado -mas beirando a perfeição– da maioria dos carros japoneses, porém não fica nada a dever às peruas de luxo nacionais.
Lançada no país no final de julho, seu preço (de US$ 35,5 mil) está na mesma faixa das peruas Quantum GLSi e Royale Ghia, topo de linha da VW e da Ford.
A Corolla traz sistema eletrônico de freios ABS (antitravamento de rodas) de série, além de outros equipamentos.
Airbag (almofada de ar que se infla em colisão) e piloto automático (na versão de câmbio automático) –não disponíveis nas concorrentes nacionais– também estão incluídos no preço.
A versão avaliada –feita exclusivamente para o mercado canadense– tem suspensões moles e baixa altura em relação ao solo.
Os faróis do modelo acendem automaticamente quando se dá a partida no motor. Só são desativados após desligar a ignição.
A versão destinada aos brasileiros traz o sistema padrão, manual.
Com motor de 1.800 cc (de 117 cv de potência), com 16 válvulas (quatro por cilindro), a Corolla tem desempenho similar ao de um genuíno dois litros.
Chega a 185 km/h, segundo dados fornecidos pela fábrica.
Equipada com injeção eletrônica sequencial múltipla (um bico injetor para cada cilindro), a perua japonesa é ágil e mostra bom torque (força) em qualquer rotação.
O câmbio mecânico (de cinco marchas) da versão avaliada possui relações de marchas bem-escalonadas e engates bastante suaves.
Excessivamente macias, as suspensões da perua permitem a inclinação acentuada da carroceria em curvas, mas não chegam a comprometer a estabilidade.
Áspera em pisos irregulares e com curso curto, batem no batente em buracos e depressões fundos.
A perua é baixa e, quando carregada, chega a raspar no chão em lombadas de ruas.
Bastante espaçoso, o porta-malas perde em funcionalidade por ter uma cobertura frágil.
A persiana de plástico que recobre a bagagem não permite o transporte de objetos pesados na tampa.
Além disso, é mal-fixada, produzindo ruído incômodo ao dirigir.
O ponto positivo fica para o banco traseiro. Bipartido, pode ter o encosto parcialmente rebatido.
Uma solução para quem precisa levar cargas longas, mas não quer dispensar os passageiros de trás.

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