São Paulo, sexta-feira, 16 de setembro de 1994
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Sem punição

XICO SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

O despacho do Tribunal de Justiça informa que a pena não foi cumprida porque, entre a data em que o "último delito" foi cometido (17 de janeiro de 1986) e a do recebimento da denúncia do Ministério Público (10 de junho de 90), transcorreram mais de quatro anos.
Segundo o processo, Melluso era assessor da Prefeitura de Barra Bonita, em 1986, e foi condenado por participar de um esquema que desviava dinheiro da prefeitura para contas bancárias particulares.
O ex-prefeito de Barra Bonita Wady Mucare (sem partido) foi condenado pelo mesmo caso.
Durante a fase de depoimentos nos processos, Melluso e Mucare se acusaram mutuamente e ambos acabaram sendo condenados.
Caso fizesse uma pesquisa nos computadores da Polícia de São Paulo, o candidato Romeu Tuma iria saber que o seu coordenador de campanha foi denunciado também, em 1992, por ferir o artigo 353 do Código Eleitoral.
O processo, que começou com um inquérito policial em Barra Bonita, foi transferido para a Justiça Eleitoral, onde ainda está em andamento.
Melluso foi denunciado pelo Ministério Público sob a acusação de fazer uso de documentos falsificados com finalidade eleitoral.
Melluso é acusado de ter falsificado fichas de filiações para ajudar o seu partido, o PL.
Além dos casos de natureza criminal, os cartórios de Barra Bonita registram a existência de 24 ações cíveis contra o assessor de Tuma. São execuções de cobranças por não ter cumprido pagamento de dívidas.

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