São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 1994 |
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PSDB faz distribuição de normógrafos no CE
LUCIO VAZ
O Ceará tem cerca de 800 mil pessoas que não sabem ler entre seus 4,8 milhões de eleitores. O número de normógrafos a ser distribuído, portanto, quase iguala o de eleitores no Estado. "Vamos pegar também os que só sabem 'ferrar' o nome", diz o assessor de imprensa do PSDB, Frota Neto. A legislação eleitoral permite o uso do normógrafo como uma forma de auxílio aos analfabetos. Os analfabetos são induzidos a votar na chapa majoritária do PSDB. A Folha acompanhou a entrega de normógrafos na favela do Mucuripe, ontem à tarde. A cabo-eleitoral Fernanda Lopes, 25, chegou na casa de Maria Eunice Santos, 62, às 14h10, e perguntou: "A senhora sabe ler?" Diante da resposta negativa, Fernanda entregou o normógrafo e explicou o método. "Estamos entregando esta cédula para quem não sabe ler. Fica mais fácil para votar", disse. Em seguida, mostrou como funciona o normógrafo. Trata-se de uma espécie de envelope com espaços vazados, onde aparecem os nomes dos candidatos do PSDB a presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, ao governo do Estado, Tasso Jereissati, e ao Senado, Lúcio Alcantara e Sérgio Machado. A cédula é introduzida no envelope e aparecem apenas os nomes da chapa do PSDB. Também há espaço vazado para os quadrados onde os eleitores vão assinalar com um "x" os nomes escolhidos. O normógrafo tem dois lados. Com o verso é possível votar no "cabresto" também na eleição proporcional (deputado estadual e federal). Os espaços vazados formam o número 45, número da coligação PSDB-PDT-PTB. Texto Anterior: Tucanos podem manter IPMF Próximo Texto: Candidato tucano busca apoio da Igreja Índice |
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