São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 1994
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Em Paris lixo é prioridade

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

O parisiense acredita viver hoje numa das cidades mais limpas do mundo. A crença se deve sobretudo ao marketing tecnológico, aplicado há 16 anos pela prefeitura à limpeza pública.
A cidade tem 2 milhões de habitantes que produzem anualmente 1,2 milhão de toneladas de lixo. Por seus 1.576 km de ruas, cerca de 200 mil cachorros despejam 4 toneladas diárias de dejetos.
Até 1977, Paris era administrada por um funcionário indicado pelo Ministério do Interior. Com a eleição de um político para prefeito –desde então, é Jacques Chirac– a ênfase foi a de marcar a presença da administração no plano municipal.
A limpeza entrou com prioridade zero. A prefeitura projetou e mandou produzir 105 pequenos tratores que aspiram excremento de cães das calçadas e depois ainda jogam uma aguinha misturada com lavanda para evitar o mau cheiro.
Outra iniciativa foram os depósitos localizados em cada quarteirão para que os habitantes coloquem garrafas e objetos de vidro. Diariamente, eles são esvaziados por um caminhão -também especialmente projetado– que tritura o vidro no ato.
A exemplo do que ocorre nas cidades alemãs, Paris (França) também impôs como norma lixeiras fechadas sobre rodas que são levadas até o caminhão compactador e esvaziadas sem o contato manual dos 6.100 funcionários da limpeza.

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