São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 1994 |
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Exército paparica jornalistas
CLÁUDIO JULIO TOGNOLLI
Ao entrar em repartições como o aeroporto internacional eles são recebidos por sorridentes oficiais. A reportagem da Folha se aproximou de dez helicópteros Cobra e Blackhawk, bem como de um avião Galaxy, sem a presença de um único oficial. Cinco minutos depois, chega ao local o tenente Atkinsons, e diz: "Senhor, obrigado pela visita". Ontem, o coronel Barry Willey anunciou que o comando dos EUA estava convidando mais de 200 jornalistas para dar "voltinhas aéreas na cidade", a bordo de helicópteros Blackhawk, sempre em turmas de 24 integrantes. Tiveram que agendar mais quatro vôos extras devido à procura. Os jornalistas também estão sendo convidados a visitar os oito navios militares ancorados na costa. Entre os haitianos pobres, os jornalistas estrangeiros são vistos como fonte de renda. Multidões cercam qualquer repórter que entre na favela de Cité Soleil, oferecendo serviço de guia ou pedindo dinheiro ou comida. A falta de trabalho e o agravamento da crise econômica também empurraram um grande número de haitianas à prostituição. (CJT) Texto Anterior: Capital retorna à normalidade Próximo Texto: Militar linha-dura reaparece Índice |
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