São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 1994 |
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Cedras pertence à elite do país
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Considerado um dos melhores jovens oficiais com inclinação democrática no período posterior à deposição de Jean-Claude Duvalier em 1986, Cedras ajudou a garantir a lisura da eleição que consagrou Aristide, em 1990. Sete meses depois, no entanto, sob o argumento de que Aristide ameaçava a democracia, Cedras liderou o movimento que o depôs. Cedras tenta dar aparência de legalidade a seu regime, instalando presidentes provisórios, em geral retirados do Poder Judiciário, como o atual, Emile Jonassaint. Nos últimos meses, Cedras passou a desfilar pelo Haiti em trajes civis, de mãos dadas com a mulher Yannick, como se estivesse em campanha. Muitos observadores acham que ele tem a pretensão de se eleger presidente para manter o poder. O pai de Cedras, em 1963, fazia parte do grupo de assessores de François Duvalier que o aconselharam a resistir à pressão dos Estados Unidos, que ameaçavam invadir o país, o que acabou não acontecendo. (CELS) Texto Anterior: Cedras diz que não quer sair do Haiti Próximo Texto: EUA querem saída de general Índice |
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