São Paulo, domingo, 1 de janeiro de 1995
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Empresários apostam em crescimento de até 8%

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

O empresariado industrial paulista descarta a hipótese do início de um período de recessão econômica em janeiro.
Eles apostam em uma taxa de crescimento anual entre um nível moderado de, no mínimo, 5% até um patamar de 8% em 95.
Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, do setor de lâmpadas, diz que o Brasil começa em 95 um "círculo virtuoso" muito importante.
"Se conseguirmos fazer as reformas tributária e fiscal e desonerar a mão-de-obra e a produção vamos todos ficar ricos em dois anos", prevê.
Uchôa Fagundes acredita que o novo Congresso, apesar das pressões corporativistas e o fisiologismo político, apoiará o projeto de reformas estruturais do presidente Fernando Henrique Cardoso.
"A maioria do novo Congresso foi eleita por causa de seu apoio ao Plano Real e por entender a necessidade de reformas de sustentação da nova moeda", argumenta.
Franz Reimer, industrial do setor eletroeletrônico vê com otimismo as perspectivas econômicas em 95. Para ele, o crescimento das atividades industriais poderá chegar a 8% em 95. "A onda de consumo, impulsionada pelo fim do imposto inflacionário, vai levar a indústria para mais um ano muito bom".
Luiz Carlos Tripodo, diretor de Relações Externas da Bayer, diz que as atividades econômicas no primeiro trimestre de 95, por razões sazonais, não terão o mesmo ritmo de expansão dos últimos três meses de 94.
"Em termos gerais, 95 será de consolidação do crescimento observado principalmente no segundo semestre de 94 com a introdução do real", diz. A Bayer, afirma, traça um cenário de otimismo para 95, principalmente se as reformas estruturais forem aprovadas pelo novo Congresso.
Tripodo prevê um crescimento de 5% em 95, uma taxa, diz, "muito boa" para a consolidação da retomada do desenvolvimento. "A partir de 96, superadas as dificuldades estruturais, talvez consigamos taxas melhores", afirma.
(ACS)

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