São Paulo, domingo, 1 de janeiro de 1995
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Plano Real conta com aprovação de 79%

Oferta de emprego é a preocupação central

NEIVALDO JOSÉ GERALDO
DA REDAÇÃO

A grande maioria da população brasileira (79%) avalia que o Plano Real é bom para o país. Desde o início de agosto esse patamar de aprovação se mantém alterado.
É nos Estados de Goiás e do Paraná, onde a aprovação ao real é maior, com taxas de 87% e 84%, respectivamente. No Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul a aprovação é menor: taxas de apoio de 67% e 69%, respectivamente.
Já no plano pessoal, 56% dos entrevistados afirmaram que as medidas econômicas foram benéficas.
Os brasileiros, que tem como maiores expectativas em relação ao novo governo mais oferta de empregos e a ampliação do poder de compra.
Céticos, porém, um terço destes mesmos brasileiros que confiam em FHC têm a expectativa de que a inflação e a corrupção vão aumentar a partir da sua posse.
Estes são os resultados mais expressivos de pesquisa nacional Datafolha, que também detectou maciça aprovação ao Plano Real.
A amostra foi colhida junto a 14.151 pessoas em 403 municípios de todos os Estados, entre os dias 12 a 14 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A esperança da população se cristalizou quando o pesquisador do Datafolha perguntou qual era a expectativa em relação a oferta de empregos com FHC.
Quase a metade (49%) disse que o governo FHC fará a oferta de empregos crescer, 15% afirmaram que cairá.
Mais um indicativo de esperança: 41% dos entrevistados disseram que o seu poder de compra vai aumentar no governo de FHC. Em contrapartida, 17% acham que comprarão menos.
O ceticismo do brasileiro se materializou quando e questão levantada foi a expectativa em relação à inflação.
Para 30% dos entrevistados, ela vai subir com FHC no Planalto. Para 17%, vai diminuir.
Corrupção
Outro termômetro do ceticismo: 35% dos entrevistados responderam que a corrupção vai continuar como está, mas 30% são mais descrentes ainda: dizem que ela vai se ampliar no governo de Fernando Henrique Cardoso.
O Datafolha detectou que é nos municípios do interior onde há maior esperança. Nestas cidades, 49% dos entrevistados disseram que a oferta de empregos vai aumentar contra 47% que deram a mesma informação nas regiões metropolitanas.
Nas cidades do interior as duas taxas caem para 28%.
Com relação às regiões do país é no Sul, onde a aprovação ao real é menor, que o brasileiro espera menos corrupção no novo governo: só 28% disseram que ela vai crescer.
Nas regiões Norte e Centro-Oeste a maior expectativa (34%) é de que a corrupção deve aumentar.

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