São Paulo, domingo, 1 de janeiro de 1995 |
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Metade dos ministros deve continuar no governo SILVANA DE FREITAS; WILLIAM FRANÇA SILVANA DE FREITAS; WILLIAM FRANÇA; EVANDRO EBOLI
Amigos íntimos de Itamar, Henrique Hargreaves (Casa Civil) e Djalma Morais (Comunicações) garantiram funções em estatais. O primeiro presidirá a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e o segundo deve ficar com a Telesp. O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) chefiará a missão brasileira na ONU (Organização das Nações Unidas). Ficarão no cargo os ministros Zenildo Lucena (Exército) e Israel Vargas (Ciência e Tecnologia). Romildo Canhim (Administração Federal), Sérgio Cutolo (Previdência), Fernando Cardoso (Gabinete Militar) e Arnaldo Leite Pereira (Estado-Maior das Forças Armadas) já têm destino acertado no novo governo. Canhim será diretor da Telebrás em Campinas (SP); Cutolo presidirá a Caixa Econômica Federal; Cardoso comandará o Batalhão do Exército em Fortaleza (CE) e Pereira será observador militar do Brasil na ONU. Devem ser confirmados ainda os nomes dos ministros Lélio Lôbo (Aeronáutica) para presidente da Telebrás; Ivan Serpa (Marinha) para diretor de Transportes da Petrobrás; Delcídio Gomez (Minas e Energia) para presidente da Eletrosul e Geraldo Quintão (advogado-geral da União) para permanecer no cargo. Outros ministros continuarão exercendo funções públicas fora do Executivo. Mauro Durante (Secretaria Geral) presidirá o conselho deliberativo do Sebrae. Leonor Franco (Bem-Estar Social), futura primeira-dama em Sergipe, será a presidente do Conselho Nacional do Sesi. O único que deve deixar o país com projeto pessoal é Ciro Gomes (Fazenda). Diz que vai estudar na Universidade de Harvard (EUA). José de Castro O ex-consultor geral da União José de Castro Ferreira quer aproveitar a notoriedade que alcançou como principal interlocutor do presidente Itamar Franco e estender sua atividade como advogado a grandes centros do país. Seu objetivo é se transformar em um profissional de renome, emitindo pareceres para grandes empresas privadas com honorários de até R$ 20 mil. O advogado foi o assessor de Juiz de Fora mais influente nos 27 meses da gestão de Itamar. No governo, Castro foi consultor-geral da República, advogado-geral da União e presidente da Telerj (Telecomunições do Rio de Janeiro). Nunca desejou assumir ministério. Preferia a discrição dos cargos que ocupou. Nos próximos dois meses, Castro pretende escrever um livro –ainda sem título– sobre o que chama de "a história secreta do governo Itamar Franco". Colaborou EVANDRO EBOLI, da Agência Folha em Juiz de Fora Texto Anterior: Plano Real conta com aprovação de 79% Próximo Texto: Covas deve parcelar salários e demitir Índice |
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