São Paulo, domingo, 1 de janeiro de 1995
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GLOSSÁRIO

Trabalhistas - São o partido majoritário na coalizão de governo do premiê Yitzhak Rabin. O grande rival de Rabin na liderança do partido é o chanceler Shimon Peres, maior impulsionador do processo de paz.

Likud - Bloco que governou o país até 92, iniciou as conversações de Madri, mas bloqueou avanços com posições intransigentes. Questiona o acordo de paz.

Partidos religiosos – São vários, têm em comum a luta por concessões especiais do governo como isenção do serviço militar para estudiosos, proibição de comércio aos sábados e verbas para escolas religiosas. Com poucas cadeiras no Parlamento, costumam ser o fiel da balança na formação de governos de coalizão, daí seu poder de barganha.

Árabes israelenses - São os árabes que permaneceram no território de Israel depois da guerra da independência (1948) ou na parte oriental de Jerusalém, anexada depois da conquista de 1967. Têm cidadania israelense.

Territórios ocupados – São as terras conquistadas na Guerra dos Seis Dias, em 1967, por Israel: a faixa de Gaza, a Cisjordânia e o Golã. Jerusalém Oriental foi anexada e Israel não admite discutir a soberania sobre o que considera sua capital eterna.
Assentamentos - Desde 1967, Israel manteve política de povoar os territórios ocupados com colonos judeus. Estes são na maioria contra o processo de paz. Um deles foi responsável pelo massacre de 29 muçulmanos que oravam na mesquita de Hebron, em março passado. A expansão de assentamentos está congelada.

OLP - Organização para a Libertação da Palestina, criada em 1964 e desde 1969 liderada por Iasser Arafat, que chefia sua principal facção, a Fatah. Promoveu guerrilha e atos terroristas com objetivo de criar o Estado palestino, até o acordo de paz de 1993.

Hamas - A palavra significa "ardor" e é formada com as iniciais de Movimento de Resistência Islâmica. É um movimento de massas que luta para implantar um Estado islâmico palestino. Seu braço armado têm promovido atentados para minar o acordo de paz Israel-OLP.

Jihad Islâmica - Grupo que prega a "guerra santa" contra Israel, difere do Hamas por ser uma organização de quadros, ao estilo dos grupos terroristas comunistas dos anos 70. Acham que o trabalho social feito pelo Hamas (escolas, religião, atendimento) é perda de tempo e se dedicam a atacar tropas israelenses.

Hizbollah - Outro grupo radical islâmico, este do sul do Líbano, financiado pelo Irã com complacência da Síria. Atacam tropas israelenses e a milícia que as apóia, o Exército do Sul do Líbano. É devido aos seus ataques ao norte de Israel que o governo israelense mantém a "zona de segurança" no país vizinho.

ESL - Exército do Sul do Líbano, milícia montada por Israel durante a guerra civil libanesa (75-90). A princípio formada por cristãos maronitas, hoje tem maioria de xiitas (seita muçulmana, a mesma do Irã e do Hizbollah) atraídos pelos serviços sociais que Israel fornece a moradores da região sul do Líbano, através da "fronteira da amizade", no norte de Israel.

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