São Paulo, domingo, 1 de janeiro de 1995
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Suzuki 1.0 é opção aos 'populares' com ágio

LUCIANO SOMENZARI
DA REPORTAGEM LOCAL

A falta constante de "populares" nacionais fez o consumidor ficar mais atento a alternativas de similares importados. O japonês Suzuki Swift Hatch 1.0 avaliado por Veículos é uma delas.
Com preço na faixa dos R$ 12.000, o preço do Swift se aproxima do dos "populares" cobrados com ágio. Mille ELX e Corsa Wind, por exemplo, são cotados nessa faixa no mercado paralelo.
Ágil, compacto e de agradável dirigibilidade, o Swift peca por oferecer acabamento despojado de qualquer luxo e suspensão áspera.
No trânsito urbano, o pequeno japonês está no seu "habitat natural". Compacto (dez centímetros mais longo que o Mille, mas cerca de 100 kg mais leve), com motor de 55 cv (um cv a menos que o similar Fiat), tem bons requisitos para desempenhar bem seu papel no dia-a-dia da cidade.
Para um carro de 993 cc, não existe a sensação, ao dirigir, de que está "amarrado" quando se pisa no acelerador, ao contrário de alguns similares nacionais.
Dados de fábrica indicam que em 17 segundos a partir da imobilidade, ele chega aos 100 km/h.
Outra vantagem são as respostas rápidas da direção, permitindo manobras ligeiras e passando impressão de maior agilidade.
O Swift também possui um curioso sistema de travamento elétrico das portas. Quando o carro atinge 4 km/h as travas se acionam automaticamente.
Um dos problemas do Suzuki é o acabamento interno, muito pobre. O tecido dos bancos é feito de material rústico que lembra uma espécie de feltro grosso.
A qualidade do vinil do painel também denuncia o pouco cuidado com o material empregado.
Externamente, o visual não é muito convidativo. Seu design defasado passa longe das modernas linhas presentes nos carros de sua categoria que rodam na Europa.
Outra falha é a ausência de qualquer tipo de controle para ajuste dos vidros retrovisores. O motorista é obrigado a tocar no espelho para poder ajustá-lo.
A suspensão do Swift também não ajuda muito quando o quesito é conforto. Apesar de firme o suficiente em curvas, transmite à cabine excessiva trepidação em pisos irregulares.

Disputa
Com a queda da alíquota de importação de 35% para 20%, aumentou o interesse em trazer mais modelos importados para o país. Mesmo no segmento do Swift 1.0, a disputa está acirrada.
Muitos modelos dessa categoria e de outras mais sofisticadas começam a chegar a partir deste mês (veja reportagem na pág. 8-1).
Além dos "populares" nacionais cobrados com ágio, o Suzuki Swift 1.0 disputa mercado com os também importados Peugeot 106; Subaru Vivio, que chega em fevereiro; Renault Twingo; Hyundai Accent, à venda a partir de janeiro; e Corsa GL 1.4, entre outros.

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