São Paulo, segunda-feira, 9 de janeiro de 1995
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CET monta operação anti-enchente

ANDRÉ MUGGIATI
DA REPORTAGEM LOCAL

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) montou, para o mês de janeiro, uma operação especial para auxiliar os motoristas em caso de enchentes. Foram mapeados os mais de 400 pontos de alagamento da cidade.
Durante as chuvas, os técnicos que fazem a observação aérea da cidade prestam atenção especial a estes pontos.
"Se eles notarem que a água está subindo, acionam imediatamente equipes que montam desvios, para evitar que, ao passar por estes locais os motoristas fiquem com os carros boiando", diz Gilberto Lehfeld, presidente da CET.
Além disso, as camionetes da CET foram equipadas com bombas hidráulicas de sucção. Uma vez no local das enchentes, elas passam a retirar a água da pista, jogando-a em outros locais. "Isso possibilita maior rapidez na desobstrução", diz Lehfeld.
Outra medida que pode ser adotada pela CET, é a orientação da população à noite, caso a água comece a subir nas ruas.
"Vamos passar pelos locais com megafones, avisando os proprietários que retirem imediatamente seus carros das garagens, pois eles poderão ficar submersos pela enchente, tendo problemas graves", diz Lehfeld.
Ele pede aos motoristas que não fiquem irritados com os desvios implantados e evitem passar por locais alagados.
"Se a altura do alagamento for superior a 30 centímetros a parte elétrica do carro pode apresentar problemas e ele vai ficar parado. Se a correnteza piorar, o carro pode até ser arrastado", diz Lehfeld.
Nos casos de alagamentos de menos de 30 centímetros, Lehfeld orienta os motoristas a passar com a primeira marcha engatada, mantendo constância na velocidade. "Assim evitam que entre água pelo escapamento, o que faria o carro morrer", diz.
Segundo Lehfeld, quando os freios são molhados eles perdem aderência e podem não funcionar.
A chuva é um fator que aumenta os congestionamentos em São Paulo, segundo Lehfeld.
Em caso de chuva, deve-se ter mais paciência e aumentar a distância em relação ao carro à frente, pois a freagem e a visibilidade estão prejudicadas.
Ele afirma que a maior distância deve ser mantida mesmo que motoristas mal-educados tentem ocupar o espaço.
"Neste caso não se deve reclamar. Deixa-se o outro carro ocupar a posição e aumenta-se novamente a distância em relação a ele. No final do seu percurso o motorista terá apenas poucos minutos de atraso."

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